quarta-feira, 2 de abril de 2008

Dreams

Como se tranqüilamente houvesse entrado em meu sonho... vívido. Vozes serenando, a música transmutando-se e a neblina, que outrora partilhava comigo sua existência, num par íntimo indivisível, dissipou-se.

transcendência ...

Ali, o passado assomara no presente: olhares a lugares que nunca visitei me acertavam com tamanha intensidade que, instintivamente, dobrei meus joelhos... Estive certo de que o golpe que separaria minha cabeça, tamanho peso que carrego, de meus ombros estava próximo. Recolhi-me em meus pensamentos e aguardei...

não veio...

Como tudo que não veio durante minha vida e eu aguardara ansioso
Minha faculdade ficou no lugar, e meus demônios tornaram a me espicaçar,


Imóvel. Ruminando a constante inércia em que me aprisiono. O eterno ciclo do alarmar/acalmar. Excitação. Ausência. O estímulo que, omisso, foi rememorado em longas e calmas tardes de domingo.

Por baixo das camadas:
folhas,
papelescos,
papelotes e
perfidez


A certidão carcerária ...
Ausente?
Certificado e com fé!

Um passo para sair deste sonho. Um mísero passo atrás. Ou a frente, quem saberia dizer se o momento não o era?

Enquanto todas estas sensações perpassavam aquele indivíduo, o corpo suando indiferente à mente, o espírito atravessara a ponte e foi brincar nas piscinas douradas do pôr-do-sol.

Onde, os campos de trigo; carreados pelos bicos dos pássaros, açoitados pelos humildes fazendeiros: grãos se perdem entre a paisagem metodicamente geometrizada dos tablados de plantações.

As pequenas casas à beira-mar, com roupas estendidas, alvas, em varais improvisados nas janelas, onde por fundo, o monte nevado observa...

sabiamente,
agredido,
mutilado,
sozinho....

Um comentário:

Anônimo disse...

CHORAR
M
B
R
O

A minha preferida!