terça-feira, 30 de junho de 2009

Cantiga Triste

"Você não entende porque a gente chora diante da beleza? A resposta é simples. Ao contemplar a beleza, a alma faz uma súplica de eternidade.Tudo o que a gente ama e deseja existe sob a marca do tempo. Tempus fugit. Tudo é efêmero. Efêmero é o pôr-do-sol, efêmera é a canção, efêmera é a casa construída para o resto da vida. A gente chora diante da beleza porque a beleza é uma metáfora da própria vida."


em Sobre o Tempo e a Eternidade
Rubem Alves

domingo, 28 de junho de 2009

this land is not your land

acharam que poderiam ganhar ...

Americans go home.

Aos que me acompanham nesta viagem, meu muito obrigado =)

sábado, 27 de junho de 2009

the king is dead, long live the king



o primeiro é surreal...
ainda bem que eu ouvia antes da putaria que vai ser apartir de hoje.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

inesperado

é... chove.
como não me lembro,
de ter havido em junho;
já se somam em dois.

nas janelas, as pessoas estão a olhar,
e indago se se assombram como eu.

Um velho, de Konstantinos Kaváfis

No meio do café ruidoso, sem ninguém,
por companhia, está sentado um velho. Tem
à frente um jornal e se inclina sobre a mesa.

Imerso na velhice aviltada e sombria,
pensa quão pouco desfrutou as alegrias
dos anos em vigor, eloquência, beleza.

Sabe que envelheceu bastante. Vê, conhece.
No entanto, o seu tempo de moço lhe parece
ser ainda ontem: faz tão pouco, faz tão pouco...

Medita no quanto a Prudência dele rira,
em como acreditara sempre na mentira
do "Deixa para amanhã. Há tempo." Que louco!

Pensa nos ímpetos que teve de conter,
nas alegrias frustras por seu tolo saber,
que cada ocasião perdida agora escarnece.

Porém, tanto pensar, tanta recordação,
põem o velho confuso, e sobre a mesa, então,
daquele café, debruçado, ele adormece.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Hein?

porra, os caras fazem festa
os estádios e o gramado estão ótimos
o nível dos jogos está muito bom
é um prazer ver a copa das confederações

mas veja...

puta que pariu
vão se fuder
enfiem as cornetas no cu seus abelhudos

Há quatro dias atrás, restamos um ano sem ele...



Update:


A vida existe nos pontos de vista


quarta-feira, 17 de junho de 2009

rápidas e rasteiras

corinthians e inter: jogaço!

taison joga pacarai, indiscutível
o inter é o melhor time brasileiro atualmente
ronaldão é fênomeno, é o cara
aquele golêro do corinthians é safado de bom hein
se não fosse por aquele asno do leandrão, o inter teria feito um gol
guinhazu (esse é o nome do figura?!) joga pacarai

mas
O Dialógo do jogo foi este:

- "não faz muito barulho, não é? não é rojão. Parece aquelas bombinhas"
- "é... aqueles.... tipo, iluminador... que usa no mar."
- "sinalizador."
- "é... isso ae..."

domingo, 14 de junho de 2009

Como contar uma história?

Penso em como contar uma história, neste exato instante. Não foi predestinada com certeza. Absolutamente ocorreu. Estou com este verso em minha cabeça há vários dias... Mas agora mesmo faz tanto frio que não consigo nem pensar direito. Resisto a fechar a janela, a descansar os dedos quase empedrados. Mãos que se cansam um pouco, alguns dias por ano.

Nem sei se dará um bom texto. Gostaria apenas de tentar retraçar o caminho que percorri até quase encontrar o soldado Trifaldon. Quase, porque com certeza o que agora existe como Trifaldon, em meu ser, está perdido, muito, com aquela criança que ainda se emociona às vezes com coisas simples e coloridas.

Sei disso porque me vi pequeno-sentado agora há pouco.
Vi com os olhos de hoje e de ontem.
Viajando, em melancolia.
Um pouco frustrado, um cado ressentido.
Muito do tanto que tanto me falam.

Esse que, agora, escapou há pouco
enquanto eu me buscava como adulto

e nem sei mais onde irá brincar...

- Cena 1 -


El melón


El melón es el fruto de la melonera, planta de tallo rastrero que pertenece a la familia de las Cucurbitáceas, que incluye unas 850 especies de plantas herbáceas que producen frutos generalmente de gran tamaño y protegidos por una corteza dura. Al género Cucumis pertenecen especies tan diversas como el pepino (Cucumis sativus L.) y el kiwano (Cucumis metuliferus).




- Cena 2 -



- Cena 3 -

el soldado Trifaldón vive dentro de un melón
las pepitas amarillas forman firme el batallón
poromponpon el soldado Trifaldón, poromponpon el soldado Trifaldón.

Su espada es de chocolate, su escopeta es de turrón
de caluga es el sombrero del soldado Trifaldón,
un día va de paseo con todo su batallón
va marchando por el campo el soldado Trifaldón,
poromponpon el soldado Trifaldón, poromponpon el soldado Trifaldón.

Un ejército de hormigas en correcta formación
se encuentra con las pepitas del soldado Trifaldón,
el que manda las hormigas es un Capitán Gruñón
alto dice a las pepitas del soldado Trifaldón:
"A todo lo que sea dulce, agridulce o dulzón
dice la hormiga furiosa al soldado Trifaldón"...
Trifaldón mira su espada, su escopeta, el batallón
es dulce lo que lleva el soldado Trifaldón.

Espere un momentito no se apure tanto Don
somos el gran regimiento del soldado Trifaldón,
pero el Capitán Hormiga sin más le da un coscorrón
y cae de espalda al suelo el soldado Trifaldón
pero muy luego se para valiente como un león
y desenvaina su espada el soldado Trifaldón
y aunque es de chocolate le hace un gran chichón
a la hormiga capitana el soldado Trifaldón.

Todas las pepas se ríen al ver a este hormigón
y el cototo que le hizo el soldado Trifaldón,
pero Trifaldón las calla
viendo que un gran lagrimón
está llorando la hormiga y el soldado Trifaldón
se acerca toma la hormiga
y luego le pide perdón
pepas y hormigas aplauden al soldado Trifaldón
y desde entonces van juntos
batallón con batallón
las pepas y las hormigas mandadas por Trifaldón
poromponpon el soldado Trifaldón, poromponpon el soldado Trifaldón
- Cena 4 -
CoTrI (5 months ago) Show Hide

ta terrible bueno me encanto, fumense un pito y vean el video jajajaj
CHILENO DE CORAZON!!!!
- Cena 5 -

Ramona Parra foi uma jovem militante comunista chilena. Foi assassinada em um protesto em 1946. Pablo Neruda dedicou-lhe estas linhas:

Ramona Parra, joven

estrella iluminada,
Ramona Parra, frágil heroína,
Ramona Parra, flor ensangrentada,
amiga nuestra, corazón valiente,
niña ejemplar, guerrillera dorada:
juramos en tu nombre continuar esta lucha
para que así florezca tu sangre derramada.

Em sua homenagem, foram criadas as Brigadas Muralistas Ramona Parra.


- Cena 6 -

"O Soldado Trifaldon é uma criação chilena inspirada em uma brigada muralista chamada Ramona Parra. A letra da canção foi criada por uma poetisa chilena chamada Maria de la Luz Uribe. A música composta por Miranda e Tobar. Este vídeo pertence a uma sére de videos animados pela empresa de animação chilena chamada TIKITIKLIP."

- Fim -

quarta-feira, 10 de junho de 2009

depois não sabem porque todo mundo ri da nossa cara...

02 de junho de 2009

Caso Sean: STF suspende liminar que exigia volta do menino aos EUA

BRASÍLIA - O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu nesta terça-feira à noite liminar (decisão provisória) suspendendo a validade da determinação da Justiça Federal para que o menino Sean, de nove anos, voltasse aos Estados Unidos para morar com o pai biológico, o americano David Goldman . O ministro não deu maiores detalhes de sua decisão. Disse apenas que foi manuscrita e incluída no processo.

10 de junho de 2009


RIO - Por 10 votos a zero, os ministros do Supremo Tribunal Federal arquivaram a ação que pedia a permanência do menino Sean Goldman no Brasil. Os ministros seguiram o voto do relator, ministro Marco Aurélio, que entendeu que a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) - instrumento usado pelo Partido Progressista (PP) para obter liminar - não é o instrumento adequado para se questionar a aplicação da Convenção de Haia, que trata do sequestro de crianças.

Agora eu fico aqui me perguntando:
i) Porra, se era pra relatar desse jeito, porque concedeu a liminar?
ii) Qual o embasamento mínimo de direito para a concessão dessa liminar, se no julgamento há uma decisão unânime de todo a patota? Que dúvidas existiam nesse caso?!
iii) Até meu professor de direito constitucional resolvia essa pendenga na lata: não cabe ADPF pra uma Convenção Internacional que não foi aprovada no Congresso Nacional!
iv) Que raios de piada foi essa?

Será que tudo se resume a ego, vaidade e aquela quedinha pelo espetáculo?

terça-feira, 9 de junho de 2009

um cado de política

A Petrobras criou um blog há uma semana. Cansou de responder a perguntas de jornalistas e não ver o dito efetivamente publicado: na maioria das vezes ignorado, nem uma mísera linha ou espaço de resposta aos constantes ataques que vem sofrendo há muito tempo.


A Petrobras é uma multinacional brasileira de peso, riquíssima, e cabide político do governo Lula, setor mais que estratégico de enfrentamento na crise (só lembrar que enquanto o preço do galão subiu a niveis estratosféricos de 150 dólares o barril, nossas bombas não acusaram o centavo).

Lembram-se de onde veio um dos estopins para o 'escândalo do mensalão'? Um briga pela diretoria de uma de suas alas. Que o diga Roberto Jefferson, que prometeu 'abrir a caixa de pandora' na CPI, mas não explicou nem formigas.

A CPI da Petrobras pode ser considerada como um dos ataques-chave da oposição para minar a candidatura de Dilma Roussef. Deve ter êxito a qualquer custo. Nada mais natural que a imprensa que possui interesses coligados à oposição (os Frias e os Marinho) inicie um esforço conjunto para destruir qualquer tanto de credibilidade que a estatal possua.

Em uma jogada ousada, a Petrobras criou o blog já aludido. Os jornais espernearam em dois editoriais medíocres (Folha e O Globo), tecendo, acreditem, teses jurídicas totalmente inventadas sobre a ilegalidade de tal manobra, o que foi desbaratado tranquilamente por Túlio Vianna em sua análise (link aqui).

Minha pequena colaboração nesta batalha é resumir aos meus queridos sete leitores um cado de minhas preocupações políticas: já disse e repito - as eleições vindouras serão as eleições mais importantes da consolidação da democracia do país.

Abaixo, sem eiras nem beiras: por quê?

---

Por que os jornais investem contra o blog da Petrobras?

1 - Porque perdem o “monopólio da informação” e, com isso, autoridade sobre o público;

2 - Porque os leitores agora podem saber quais são TODAS AS PERGUNTAS feitas pelos jornais à Petrobras;

3 - Porque comparando todas as perguntas feitas pelos jornais e todas as respostas dadas pela Petrobras com o que é efetivamente publicado os leitores podem descobrir as manipulações feitas com as respostas no processo de edição;

4 - Porque essa comparação permite ao público descobrir quais as respostas da Petrobras serão simplesmente omitidas do jornal impresso para não “atrapalhar” a pauta;

5 - Porque comparando as perguntas feitas pelos diferentes jornais, o público pode entender que há gente alimentando simultaneamente os jornais com informações em busca de levantar a bola para a CPI;

6 - Porque as perguntas fornecem pistas sobre quem está alimentando os jornais com o objetivo de criar o “escândalo” necessário ao sucesso do palanque eleitoral da CPI;

7 - Porque essas pistas poderão levar o público a descobrir que os jornais são usados em campanhas eleitorais ou com objetivos inconfessáveis, como o de entregar o pré-sal a empresas estrangeiras;

8 - Porque o blog da Petrobras desloca público do jornal impresso para a internet, onde o público poderá receber informações, por exemplo, sobre como a grande imprensa brasileira atacou Getúlio Vargas quando ele criou a Petrobras;

9 - Porque todo esse processo pode deixar claro que a grande imprensa não é isenta, nem imparcial, nem honesta; que diz não ter lado, mas tem; que está a serviço de “uma causa”, assim como esteve quando fez campanha contra a criação da Petrobras ou em favor do golpe militar de 1964;

10 - Porque eles ainda não sairam do século 20.

Vá ao blog da Petrobras e contribua com a investigação dos jornais

É por isso que o Viomundo apóia o controle social dos gastos de publicidade de governos, órgãos e empresas públicas.

retirado do blog Viomundo, de Luiz Carlos Azenha

ele, sempre ele!

"Posso dizer que desta vez não foi erro meu. Sou o primeiro a admitir quando erro. Soltei a embreagem, e o carro não andou" Rubens Barrichello, sobre o acontecido na Turquia.

Então da primeira vez na Austrália foi? Mas você havia dito que não era culpa sua! =D

update: "Pode ter sido um erro de piloto, ou pode ser o fato de que a otimização que o piloto está procurando é muito estreita, é muito difícil de encontrar. O que eles fazem: mantêm os giros e soltam a embreagem de maneira progressiva, e precisam ter o pedal certo acionado, e isso é complicado." Ross Brawn, chefe da Brawn GP

Sabem qual o pedal não é ? o da embreagem =D
Cansei do rubinho.

domingo, 7 de junho de 2009

rapidinhas de domingo

. Que jogaço o de ontem. A seleção pela primeira vez apareceu como uma seleção em muito tempo. Daniel Alves e o inominável Júlio César (de que planeta ele veio?) mandaram no jogo.

. O que me deixa muito puto. Primeiro, porque creio que é um evento isolado (vamos subir novamente no salto alto). Segundo, porque não é mérito do treinador. Quem jogou, jogou o futebol simples, quase sem treino: toques rápidos, bola enfiada no centro avante, contra-ataque, etc. E essa seleção é muito feia (elano e gilberto silva ?!) e este técnico é um sem vergonha. Fico puto porque ele está com pinta de sortudo: iremos à Copa, se brincar, com ele, para perdermos mais uma...

. Mas e o Rubinho? Quando ele vai assumir que é um roda dura? O equipamento que salvou a pele dele (porque se não existisse, o carro do barrichello teria morrido na largada chama-se "anti-stall": pois deveria ser renomeado pra "pró-barrichello"!! Sem ele, só vergonha pro rubinho (imaginem o cara apagar o motor na largada? coisa feia....)

. O pior é o Burti explicando pra que serve: "olha, esse equipamento previne que o carro morra em uma largada mal feita: ele joga a marcha para o ponto morto", no exato momento que a câmera on-board mostra o desespero do barrichello tentando engatar a primeira marcha. A saída rápida do cléber machado? "Então é problema mecanico do carro né Burti?" O Burti: "An... é" . Convenhamos, o rubinho nunca soube largar com dignidade.

. E não só isso: rodou trombando roda com roda ao tentar ultrapassar o kovaleinen (por dentro, numa impossibilidade física claríssima)

. Mas não satisfeito, ele ainda arrebenta a asa dianteira ao trombar com o Sutil (que apesar do nome português, é alemão: alguem se lembra do Vagaroso? heheh)

. Resumindo, esse rubinho...




Mas e ae rubinho, o que você acha da minha humilde opinião? ;D

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Tristes tempos

Recebi uma newsletter do CRBio hoje. Dentre algumas informações, constava de um blog que a geneticista Mayana Zatz assina no site da Veja (blargh). Fui lá dar uma conferida, ver o que uma de nossas melhores mentes científicas anda fazendo.

Como uma última postagem, ela coloca uma questão interessante sobre ética e genética. Transcrevo literalmente:
------
Ao escrever, há duas semanas, sobre hemofilia, me lembrei de um caso que vivi na Holanda: um diagnóstico pré-natal (DPN) que envolvia um grande dilema ético sobre hemofilia. Uma situação muito difícil e polêmica.

Ingrid (nome fictício), uma advogada muito bem informada, procurou o serviço de diagnóstico pré-natal, na Universidade de Leiden, na Holanda. Estava no início da gravidez e como seu pai tinha hemofilia, ela sabia que era portadora assintomática do gene causador da doença. Seu bebê, portanto, tinha 50% de chance de ser um descendente de sexo masculino afetado.

Ela contou que era muito ligada ao pai e sofria toda vez que o via com hemorragias ou com complicações relacionadas à hemofilia. Estava disposta a evitar o nascimento de um filho com o mesmo problema e queria fazer o diagnóstico pré-natal. Na Holanda, como em todos os países da Europa, a interrupção da gestação em caso de doenças genéticas é permitida desde que o casal assim o queira.

Ingrid foi informada de que seria possível, através do exame de DNA, saber se o feto era do sexo masculino. Em caso positivo, se ele havia ou não herdado a mutação que causa a hemofilia de seu avô materno. Entretanto, para poder fazer esse diagnóstico seria necessário coletar não só o sangue de Ingrid, mas também de seus pais. "Isso não será problema", retrucou ela. "Somos uma família muito unida. Meus pais ficarão felizes em colaborar." E de fato, no dia seguinte lá estavam os três para realizar o exame.

Qual foi a surpresa?

Ao fazer a análise do gene da hemofilia, descobriu-se inesperadamente que o senhor hemofílico não era o pai de Ingrid. Por um lado, era uma excelente notícia. Isso significava que Ingrid não era portadora do gene que causa hemofilia. Não tinha risco de ter descendentes afetados. A questão ética era: como transmitir essa notícia?

Contar ou não contar?

Esse era o grande dilema ético da equipe médica envolvida no caso. Ingrid não havia procurado o hospital para um teste de paternidade. Ela gostava muito do suposto pai e nem desconfiava da situação. Contar a verdade poderia desestruturar uma família aparentemente unida. Não contar, implicava em ter que fazer os exames - que não deixam de ser invasivos.

O que você faria, se estivesse na situação do geneticista responsável? Contaria o resultado do teste de paternidade ou - para proteger a família - faria o exame do feto, mesmo sabendo que era desnecessário?

------
A situação se revela como uma prévia dos problemas vindouros de nosso tempo: os conflitos que, se existirem, serão cada vez mais fortes, no choque entre ética, ciência e o ser humano. Tentei fazer um comentário no blog, mas o computador aqui não abria o captcha, então deixei de lado.

Ocorre que a qualidade dos comentários de pretensos "cientistas", "biólogos", "psicólogos" é absurdamente rasteira e baixa. Revoltado com esta unilateralidade, desenvolvo aqui meu argumento (já encaminhado devidamente ao email da Mayana). Escrevi estas linhas para o comentário:
------
Diametralmente oposto a nosso colega Hugo (e todos os outros), penso que em todos os aspectos (éticos, biológicos e legais) o teste deveria ser feito, cujo resultado daria evidentemente negativo, informando à Ingrid que seu filho ou filha são saudáveis e não portadores no caso de filha.

Isto porque a mãe, na hipótese de ser portadora silenciosa, poderia ainda assim ter filhos saudáveis de ambos os sexos pereitamente. Saudáveis plenos. Há esta possibilidade, já que a hemofilia é uma doença recessiva ligada ao cromossomo X: no caso de um cruzamento mãe portadora e pai normal (como no caso), uma criança (qualquer sexo) tem 50% de ter a doença (ou portá-la, no caso de uma filha) ou não (ser absolutamente saudável).

Deste modo, preserva-se a família (e as "gerações") tendo como justificativa a possibilidade do gene para a hemofilia se perder durante o tempo.

Ainda que invasivo, o exame é considerado prática normal, sem mais complicações esperadas.

Cabe perguntar se não haveria, em uma defesa radical da não realização do exame (por ser 'desnecessário') o fator econômico: custos de insumos e tempo. A quem interessa esta defesa?

Agora, com a devida licença, gostaria de discutir um pequeno ponto da argumentação de nosso colega Acácio: 'A estrutura biológica não é determinante para o reconhecimento do ser pai, mas o afeto e atenção.'

Sinto meu caro Hugo, mas seu vocabulário extremamente biológico, reducionista e simplório o impedem de enxergar plenamente a questão: o afeto a que você se refere está intimamente ligado à história da família, à linguagem entre os familiares, à vida entre o pai e mãe e sua filha, à infância e criação da criança.

O afeto não é uma categoria imaginária, uma entidade metafísica, destituída de origem, isolada da realidade.

Revelar uma "verdade" desta pode destruir a família. Estamos tratando de pessoas, com histórias, vidas, amores, segredos, desejos e realidade, como todos nós. Não questões de prova ou experimentos científicos.

Esta é minha humilde opinião.


------

A questão, embora complexa, é realisticamente simples. Muitos dos que comentam, desconhecem o fato (pois não está explícito no texto) de que Ingrid pode sim ter filhos sadios não portadores, de ambos os sexos, na hipótes dela ser filha biológica de seu pai e portanto portadora. A explicação lógica (e muito simples) seria que, 'por sorte', o gene da hemofilia se perdera entre as gerações.

Aqui reside, em grande parte, o poder da ciência: exímia produtora/portadora de fatos, que podem se tornar verdades úteis. Poder que fascina e que enaltece, distingue o cientista (aparentemente isolado) do contexto mundano, da realidade crua e caótica, dos que não portam fatos.

Neste caso, há a possibilidade de 'mentir', ou melhor, omitir um dado (e não uma 'verdade') que não prejudica a família passada nem a vindoura, a meu ver preservando os pais e tudo o mais. Não conhecemos a história da família de Ingrid e os porquês.

Grande parte dos que comentam, arautos da verdade suprema, alheios à realidade, os desenlaçados da empatia, prefere, infelizmente, dizer uma verdade, não percebendo que com seus argumentos científicos, proferem, na verdade, julgamentos morais.

Stand up do sem graça

El Niño pode se desenvolver dentro de semanas

CINGAPURA - O padrão climático El Niño, que provoca estiagem e enchentes, poderá se desenvolver dentro de semanas, informou o Centro de Previsão Climática nos Estados Unidos.

---

Com esta passagem de anos, ele, revoltado que só, quer ser chamado de "El adolescente"

(splash!)

yo ho ho e uma garrafa de rum!

Senado tinha servidor com 80 GB de músicas, filmes e jogos

Enquanto o projeto de lei do senador Eduardo Azeredo (PSDB) causa polêmica com sua tentativa de controlar a internet no Brasil, servidores do Senado disponibilizavam livremente, até o início desta semana, uma "extensa lista de filmes, músicas e jogos eletrônicos".

A primeira (pasta) dava acesso a 6,4 GB de músicas de artistas dos mais variados estilos musicais, como Nelly Furtado, Megadeth, Pink Floyd, Rogério Skylab e Beto Barbosa.

Em entrevista ao Congresso em Foco, o diretor-adjunto do Prodasen, Deomar Rosado, disse o caso será investigado uma vez que "bens públicos foram usados de forma indevida".

- Uma rede com mais de dez mil usuários não é fácil (de controlar).


--

Agora, imaginem controlar uma internet inteira?
É impossível. De todos as maneiras.
A não ser que destruam todos os servidores do mundo e voltemos às cartas e jornais de papel.

O que eles não conseguem perceber, ou inutilmente fazem força para não crer, agarrando-se às tentativas desesperadas é que o que ocorre não está mais sob controle. De ninguém (tá, talvez o google). A internet assume-se como um organismo amorfo e imensurável, e suas implicações e seu impacto não foram e não são (e cogito ainda que não serão) passíveis de entendimento pelo intelecto humano, pela sociedade que a criou.

O que nos remete à muitas obras geniais como o romance 1984 de Orwell, 2001 uma Odisséia no Espaço do Kubrick, os contos de Isaac Asimov ou o livro Neuromancer de Willian Gibson. Muitas distópicas, o futuro pode ser um amálgama destas visões sombrias de nossos irmãos geniais.

Estamos, anos-luz, da utopia de Star Trek (pra mim, disparado o melhor filme de entretenimento do ano).

quinta-feira, 4 de junho de 2009

O famoso 'seis por meia dúzia'

Um pênalti claro não marcado.
Uma chance de ouro de marcar um gol que o atacante Elton, ao invés de cabecear (o que era o absurdo natural/lógico/místico o raio a quatro na jogada) tenta dominar no peito na frente do goleiro.
Um time que jogou bonito, com vontade e raça.
Mas que foi prejudicado pela arbitragem e pelas mudanças do técnico.

Não entendo como precisando de marcar um gol a qualquer preço, pois o nada contaria a favor do adversário, o técnico troca o centro-avante por outro centro-avante (de qualidade inferior) e o meia armador por outro meia armador (tambem de menor qualidade)! Onde isso poderia dar certo?

O problema é simples: ou se arrisca tudo, ou não se arrisca tudo.

Medo de tudo: essa é nossa realidade, tanto futebolística quanto social.

E assim meu Vasco, que jogou lindamente, não passou às finais do Corinthians: time burocrático moderno com um contra-ataque assaz perigoso.