sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Ciência: A que ponto chegamos?

Eu sou um cientista.

Minha formação acadêmica e filosófica é científica. Sou cético ao extremo, como uma das minhas principais características, que chega a ser muito irritante.

Sempre me imaginei sendo cientista, entre tubos de ensaios e bequers, enfurnado em um laboratório na semi penumbra, tentando descobrir os vários segredos que a existência propõe a nós todos. Fascinado, claro, pelo seu poder altamente categórico. Tive uma contribuição e sorte de gostar de estudar, a achava que esse era o melhor motivo para empregar minha energia.

Acontece que com tanta sede pelo conhecimento, conheci também a Ciência, com C maiúsculo, na minha faculdade. E descobri que, embora façam o máximo para esconder essa faceta, a ciência é feita por seres humanos, é uma invenção humana, é um produto humano. E como produto humano, suscetível às piores falhas que o caráter humano possa imaginar, ele além de tudo é regido pelos interesses humanos.

Quanto às falhas humanas objetivas, o método científico tem uma admirável capacidade, e deve a isso sua grande vantagem e fundamento, de poder perscrutar e eliminar sérios erros e obstáculos que poriam por terra suas teses, se reerguendo, reformando, adaptadando-se (usando um termo de minha área) ao passar do tempo se necessário; se não há possibilidade, descontói-se o terreno outrora sólido para que possa ser erigido um novo fundamento para o saber do futuro. Sempre levando em conta os novos fatos científicos que surgem em seu âmago.

Essa é a história bonita.

É muito comum lermos sobre as mazelas que a Ciência pode causar, principalmente as tecnologias da destruição, da guerra, do ódio. A bomba atômica, por exemplo, só para citar o mínimo. E muito lemos também sobre as benesses que podem ocorrer da utilização pacífica dos meios científicos, para o engrandecimento humano e as maravilhas de todos.

Novamente, retorno à idéia principal: a Ciência é uma invenção humana. Quem a dirige são seres humanos, falhos, influenciáveis, com interesses dúbios ou não tão incontroversos. E é justamente nessa subjetividade que reside o grande problema da Ciência. Aliado ao fato de que a Ciência é produzida em um sistema capitalista espetacular, um bom exercício mental seria imaginar o pior dos dois mundos juntos.

Até que ponto poderíamos continuar defendendo uma Ciência de forma unitária, incontroversa, esta imagem que possuímos dela, portadora da verdade universal?

2 comentários:

Anônimo disse...

e essa então??? " Pesquisadores encontram maconha mais velha do mundo "

Deve ser "da boa"

Tá no G1! hahahahahaahahha

http://g1.globo.com/Noticias/PlanetaBizarro/0,,MUL882537-6091,00-PESQUISADORES+ENCONTRAM+MACONHA+MAIS+VELHA+DO+MUNDO.html

Luiz Alfredo disse...

Ah caralho...

Que notícia hein! Eu dava um pega nesse tijolão aih ;D