Ultimamente tenho lido muito sobre política, em especial mundial. As últimas eleições para prefeito aqui em Goiás não foram nada acirradas, simplesmente passaram, em especial Goiânia em que houve a reeleição de Iris Dinossauro Resende. Mesmo assim, acompanhei algo distante os pormenores, me indignei a uma câmera de tv para descobrir que era propaganda do outro candidato (mais impróprio que o próprio Iris), até acompanhei alguns debates, todos muito fracos.
Mas a água passou por baixo da ponte tranquilamente, ratificando a escolha do povo, vox populi vox dei: um 'falo' gigantesco entrincheirado num dos redutos burgueses (onde moro) de minha cidade ao cabo de 25 árvores decênias cortadas para dar mais visibilidade ao 'monumento', isso pra falar no mínimo.
Lentamente começo a me situar, tentando ser menos alienado, tanto no meu tempo histórico, quanto na minha cidade, na minha família, na minha mente Talvez agora esteja saindo, muito vagarosamente, de uma verdadeira 'segunda adolescência' em meus 20 a 25 anos, já que eu fui um revoltado rotulado algo conhecido em minha pequena cidade natal. Talvez também porque agora sim entendo o quão é difícil viver (mas estas conversas ficam para outros dias).
A política mundial, pelo contrário, pareceu-me bastante acirrada. Tenho uma esperança em Obama, embora ache que meu posicionamento ficou meio ambíguo ao comentar sua frase do discurso, mas eu tenho esperança (mas um tanto quanto cético; que dualidade!). Meu projeto político é me preparar para as eleições daqui a quase dois anos; nada de candidatura, claro: será meu voto mais consciente e mais importante de minha vida, talvez nosso voto mais importante dos nossos últimos 20 anos.
Para isso, não basta somente, creio, acompanhar os bastidores da política nacional (o reflexo da dupla vitória do pmdb na câmara e no senado p. ex.). Como o mundo é cada vez mais interligado, sensivelmente alteram-se as conclusões quando levamos em conta mais variáveis em nosso pensar. E será uma dura decisão, podem ter certeza disso.
Mundo e Brasil. 2 anos. Só possuímos esta realidade, esta vida. Que escolhas faremos?
Mas a água passou por baixo da ponte tranquilamente, ratificando a escolha do povo, vox populi vox dei: um 'falo' gigantesco entrincheirado num dos redutos burgueses (onde moro) de minha cidade ao cabo de 25 árvores decênias cortadas para dar mais visibilidade ao 'monumento', isso pra falar no mínimo.
Lentamente começo a me situar, tentando ser menos alienado, tanto no meu tempo histórico, quanto na minha cidade, na minha família, na minha mente Talvez agora esteja saindo, muito vagarosamente, de uma verdadeira 'segunda adolescência' em meus 20 a 25 anos, já que eu fui um revoltado rotulado algo conhecido em minha pequena cidade natal. Talvez também porque agora sim entendo o quão é difícil viver (mas estas conversas ficam para outros dias).
A política mundial, pelo contrário, pareceu-me bastante acirrada. Tenho uma esperança em Obama, embora ache que meu posicionamento ficou meio ambíguo ao comentar sua frase do discurso, mas eu tenho esperança (mas um tanto quanto cético; que dualidade!). Meu projeto político é me preparar para as eleições daqui a quase dois anos; nada de candidatura, claro: será meu voto mais consciente e mais importante de minha vida, talvez nosso voto mais importante dos nossos últimos 20 anos.
Para isso, não basta somente, creio, acompanhar os bastidores da política nacional (o reflexo da dupla vitória do pmdb na câmara e no senado p. ex.). Como o mundo é cada vez mais interligado, sensivelmente alteram-se as conclusões quando levamos em conta mais variáveis em nosso pensar. E será uma dura decisão, podem ter certeza disso.
Mundo e Brasil. 2 anos. Só possuímos esta realidade, esta vida. Que escolhas faremos?
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Idelber Avelar é um professor de literatura que se divide entre EUA e Brasil, e possui certamente um dos blogs de maior repercussão política em nosso país. Neste recente genocídio palestino perpetrado por Israel, seu brado foi um, dentre muitos, que acusou o Mal que repousa na política externa israelense e em todos os que possuem interesses afins.
Decerto ele compilou um pequeno glossário onde expande e analisa as definições utilizadas costumeiramente pela parte da mídia inescrupulosa e desidiosa. Concebo como de suma importância para entender o que se passa no mundo, e como os reflexos de uma guerra em outra parte do planeta atingem-nos em nossas cidades, com nossos governantes, desculpem o trocadilho, pra lá de Marrakesh de incompetentes.
Os textos valem, principalmente, pelos links que ele apresentam, as citações, as referências, onde cada um nos leva a um universo que, pelo menos pra mim, era um tanto quanto desconhecido. Se houver um pouco de disponibilidade de tempo, a exploração será com certeza recompensada.
Glossário Macabro da Ocupação 1: "Conflito"
Excerto: "Ao definir “conflito”, Houaiss usa os sinônimos “choque” e “enfrentamento”. Certamente, podem existir conflitos entre fortes e fracos. A simetria perfeita de forças não é um requisito para a aplicabilidade do termo. Mas se você vir um garoto de 15 anos sendo espancado por cinco brutamontes, você dificilmente usará a palavra “conflito” para descrever o que acontece. "
Glossário Macabro da Ocupação 2: "equilíbrio", "ponderação", "ver os dois lados"
Excerto: "Qualquer bom profissional da área de Letras, com um mínimo de formação em retórica, poderá lhe explicar, caro leitor, como seria relativamente simples escrever um panfleto racista que parecesse “ponderado”, uma monstruosidade pró-Apartheid que soasse “equilibrada”, uma justificativa do colonialismo mais bárbaro que parecesse estar “vendo os dois lados”. Basta ir fazendo um pingue-pongue pretensamente neutro entre verdugo e vítima, e você engana os incautos."
Glossário Macabro da Ocupação 3: "Terrorista"
Excerto: "1. A palavra “terror” entra na língua como designação de um ato político justo ali no momento de fundação da democracia moderna. Houaiss, “terror”, acepção 6: nome por que se designa o período da Revolução Francesa compreendido entre 31 de maio de 1793 (queda dos girondinos) e 27 de julho de 1794 (queda de Robespierre). Este é o primeiro tapa que os fatos dão na cara do argumento que implícita ou explicitamente associa o “terrorismo” aos árabes: o “terror” não é o oposto da democracia, não é antônimo de “liberalismo”, não é o contrário nem o antagonista do Ocidente. O terror nasce ali, juntinho com a democracia."
Glossário Macabro da Ocupação 4: "“A oferta generosa de Camp David” ou "a oportunidade perdida por Arafat"
Excerto: "Qual era, pois, a tal “oferta” (que, sabemos, jamais foi tal) de Camp David? Leia o jornalismo “ponderado” e ele lhe dirá que Arafat rejeitou uma oferta de “96% da Cisjordânia, toda Gaza e Jerusalém Oriental” para um estado palestino, de forma que parece que meros 4% da Cisjordânia separavam a oferta israelense da lei internacional que exige retorno de Israel às fronteiras de 1967. A verdade, evidentemente, está a quilômetros de distância disso. "
Espero ter atiçado vossa curiosidade. Idelber deve ser lido costumeiramente. A imagem que ilustra o post é de autoria de Latuff, cujo mote Idelber nos traz:
"copyleft is the way e a informação deve ser livre e que sobretudo nenhuma restrição se aplica às imagens que documentam a expulsão e posterior ocupação militar de que foi e é objeto o povo palestino, pois elas configuram testemunho de crime lesa-humanidade."
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