sábado, 28 de novembro de 2009

Goiania Noise, sexta-feira 27

Estou até agora a perguntar como um evento feito para celebrar 15 anos de "organização" pode ser tão mal pensado.

Ah bom, lembrei: o pessoal é dono da Monstro Records não é? pois então:

I) fila monstro!
II) cerveja monstro!
III) empurra-empurra monstro!

O local, o velho combatente Martin Cerere, está bonito, reformado, com uma iluminação legal. Mas acreditar que poderia receber o Goiania Noise, com o tamanho que o festival se tornou, é insanidade. Como um teatro daqueles minúsculos poderia aguentar a quantidade de gente que estava lá? Resultado: quase que nego morre pisoteado pra entrar nos shows.

Os caras deveriam ser responsabilizados e no mínimo multados, porque foi sorte não ter acontecido algo dramático naquele estouro de boiada. Até porque, pelo que sabemos, eles já estão há muito lucrando com a grana boa que entrou dos patrocínios.

Isso nos remete ao absurdo do Oscar Niemeyer, menos de 2 anos de inaugurado, ser alvo de reformas. Alguém poderia só dar uma passada de olhos rápida pelo dinheiro gasto e pelo que foi implantado: não há dúvidas de superfaturamento daquela obra.

Parando de reclamar, como pontos positivos gostei da molecada do Vivendos do Ócio (que ilustram este post) que fizeram um rock honesto, energético e muito redondo. E o show do Móveis, que foi mais animado ainda pela quantidade de fãs que eles possuem, que cantam as músicas ferozmente, e o naipe de metais (embora eu ache que eles são mal aproveitados a maioria das vezes). Chovendo no molhado, me lembram Los Hermanos.

Mas ainda assim não há como não celebrar os shows de rock, onde impera a democracia, a liberdade de expressão, a permissão pura e simples de poder fazer o que quiser, em um local onde todas as pessoas conversam animadamente, com vontade, sem a "nojentice" e falsidade típicas dos outros eventos dos "cidadãos do bem" que existem por aí.

No final das contas, vale sempre a pena.

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