quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Cinema e Direito - UFG 10 de novembro de 2010 ( 17:30m )

"Como outros tantos bilhões de nós, ela também não gostaria de reduzir a possibilidade de sua vida às condições que encontrou na prática. A vida seria tão grandiosa e tão intensa em sua possibilidade, se o humano pudesse ir além da simples necessidade! Essa, aliás, é a causa de sofrimento mais comum em nossa cultura, que vemos principalmente em nossos jovens, justo quando estão passando dum mundo predominantemente subjetivo para um mundo predominante objetivo (mas não necessariamente intersubjetivo) - a vontade de não reduzir toda a possibilidade de sua vida ao trabalho e a um modo único de vida. Temos tantos potenciais liberados pela cultura nos últimos anos, que se tornou mais duro ao indivíduo conformar-se a um modo de vida linear e único, e que quando o faz não é sem sofrimento. Lá pelas tantas, é verdade, as pessoas costumam se resignar e aprendem logo a chamar a isso de realidade, mas o número de alcoólatras, depressivos, drogados, maníacos, suicidas, ansiosos, mortos prematuros, criminosos, infelizes, todos bem sucedidos ou não, mostra que a aquiescência racional e voluntária não é tão pacífica assim."

João da Cruz

Um comentário:

Anônimo disse...

interessante, cara , sou vestibulando e sei bem o que é isso